Este é o quarto e último dia do IGF 2012. Infelizmente uma das oficinas da qual eu ia participar terminou não acontecendo. Abaixo segue o relato da única sessão deste último dia de IGF. Confesso que achei pouco para um dia inteiro, mas foi definido assim pela programação do evento.
Quero pedir desculpas pelos erros de ortografia no texto. Apesar de ter lido duas vezes tenho certeza de que eles existem. Esta é minha primeira viagem utilizando apenas o tablet e um tecladinho bluetooth. Só depois de algum tempo percebi que ainda não tenho um corretor ortográfico para me ajudar. Prometo achar uma solução para isso, assim que tiver um tempinho.
Primeira sessão
STEADY STEPS…..FOSS AND THE MDG\’s
O objetivo deste painel foi mostrar iniciativas e projetos de FOSS que permeiam a governança da internet e outros pontos que não são meramente técnicos.
Mr. Mark Elkins James – Para mim FOSS é Linux e o Linux é a parte menos visível. Estamos aqui tratando sobre pequenos passos e quando eu me mudei para a Africa a alguns anos atrás, foi quando conheci o Linux. Em num primeiro momento as vantagens de poder usar, atualizar e copiar sempre, sem precisar pagar nada por isso foi o que me motivou. Eu tinha, na época, um ISP próprio e isso é importante porque nessa empresa não usávamos nenhum sistema proprietário. Hoje em dia todo mundo usa Software Livre de alguma forma, especialmente nos celulares. Todo mundo que tiver um iPhone, Samsung ou LG estrá utilizando algum tipo de kernel livre. O detalhe é que a maioria dos programas livres importantes ficam escondidos, como é o caso do kernel. O que eu gosto é que FOSS e a internet nasceram e cresceram juntos, eles dois são intimamente relacionados. Os programas proprietários não permitem que se adicione valor local ao seu uso enquanto o FOSS, graças a suas liberdades, permite que se adapte o software às necessidades reais de cada região, cliente e isso permite que se adicione valor ao software e aos serviços envolvidos e quem ganha mais é a sociedade local. Eu sou da Africa e acho que o FOSS ajuda nosso continente a crescer, evlouir economicamente e a ser uma região mais justa.
Ms. Mishi Choudhary, SFLC – Diferente dos países desenvolvidos que estão tendo que reter os gastos em tecnologia e inovação, os países em desenvolvimento estão conseguindo investir pesado em pesquisa e inovação. Espero ver um prêmio Nobel para um cientista desses países nos próximos 10 anos. Há lagumas premissas para conseguir atrair investimentos para pesquisa e desenvolvimento com FOSS. O principal e que a tecnologia se torne popular. Há alguns anos atrás quando Richard Stallman e IBM investiram milhões no Software Livre essa não era uma preocupação, mas hoje em dia isso faz todo o sentido. Boot of Geko é um exemplo de um sistema para smartphones. Outro é FreedomBox que é um mini micro que pemite conexão às redes sociais e navegação na internet de forma segura. E Chamby é uma iniciativa de hardware livre. No final o que precisamos de padrões abertos, de hardware e software que possam ser hackeados e estudados e não de caixinhas relusentes.
Mr. Pranesh Prakash – Acho que os dois aspectos mais importantes são equanimidade e empoderamento. A ideia de que se pode equalizar o conhecimento através da distibuição do conhecimento e o empoderamento que essa distribuição da às empresas, povos e paises que recebem esse conhecimento é o mais importante. Em oposição a isso está a concentração de conhecimento do modelo proprietário.
Ms. Nnenna Nwakanma, CEO, Nnenna.org – Eu trabalho no Banco de Desenvolvimento da Africa. Eu estou envolvida com a OSI e acredito que a Africa está olhando para o futuro quando se propõe a utilizar FOSS. Alguns países como Senegal tem mais de 80% de sua economia baseada na Tecnologia da Informação e isso é muito significativo. Os movimentos de abertura de dados tem ajudado muito na adoção de FOSS. Sem o FOSS e da colaboração que faz parte de sua natureza, não estaríamos falando sobre Cloud Computing, por exemplo. Estamos nos movendo de um processo de educação linear, de cima para baixo, para um modelo de educação colaborativa que é possível e realizável apenas pela adoção de FOSS. Uma outra inciativa importante são os Centros de Inovação que se tornaramem centros de trabalhos colaborativos espalhados por toda a Africa.O importante do FOSS é que ele não tem gênero. Não é masculino ou feminino. Trata-se de uma filosofia e de técnicas tecnológicas que permitem a todos participar e conquistar seu espaço por conta própria.
Mr. Yves Miezan Ezo, FOSSFA – (pronunciamento feito em francês) Minha visão é multi continental, Europeu e Africano. Mas há muitos negócios sendo feitos com FOSS em vários níveis e tamanhos endo feitos em Europa, mas quando se cruza o mediterrâneo percebe-se uma diminuição no tamanho dos negócios, então eles existem mas são bem menores. E a pergunta é porque? E nós estamos promovendo eventos para capacitar os profissionais e conscientizar os governos e mercados para a importância e as oportunidades que o FOSS oferece. Existem diversas soluções livres que estão ficando cada vez mais amigáveis e úteis e a que mais me chama atenção é a Open Street Maps que é um sistema on-line parecido com o Google Maps mas que é feito e mantido de forma colaborativa e pode ser utilizada por todos.
Mr. Fernando Botelho- F123.org, Brazil – Ele não conseguiu se conectar.
No momento adequado eu fiz o seguinte comentário/pergunta retórica: Software Livre é baseado na doação, compartilhamento e aprendizado. E se é dando que se ganha, então o ecossistema do IGF poderia aprender mais com o ambiente mais multi setorial de toda a história da humanidade, que é o Software Livre. Vocês concordam? A resposta unânime foi que sim.
Prometo fazer mais um post com uma avaliação completa do evento, conclusões e impressões. Neste exato momento vou da um tempo e ir conhecer o Templo de Fogo que fica perto do Baku Expocenter.
Saudações Livres!
Anahuac – @anahuacpg